segunda-feira, 4 de maio de 2009

Ser Cidadão

Tenho experimentado um pouco mais de minha cidadania, esta ótima vitamina contra gripes, dores de cabeça, enxaquecas, perda de dinheiro público, falta de ação dos governantes, estupidez humana. Então segue um pouco do que tenho sentido.

 

Ser Cidadão

 

Ser cidadão é votar. E viver o voto, e votar todo dia. Votar na rua que você anda, no ônibus que você toma, no valor que você paga, no que você recebe. É votar onde você vai, e como. É votar pra si mesmo, diante do espelho, todos os dias, se você tiver um espelho. Vote na cor do céu, vote em como você quer o próximo dia, vote no que você sonha. Caso contrário, não vote.

 

Ser cidadão é sonhar. E sonhar acordado, de pés atados, com as mãos pra cima, com os olhos abertos, a espinha ereta e o coração pulsando. Sonhar e esperar o pesadelo. Assumir a verdade como pesadelo e os seus sonhos como verdade. Porque não há verdade maior que aquela que vem de brinde com o pensamento. Sonhar de maneira louca, alucinada, delirante, para que todos pensem que você é um sonhador.

 

Ser cidadão é questionar. E a questão é tudo. Isso é uma questão? Porque sim não é resposta! Questionar a sombra. Questionar à sombra. Questionar a crase. Porque sim pode ser uma resposta linda, se a pergunta não assustar o sim. Sim, por que não?


Ser cidadão é simples. É só isso. E ser isso é só ser. Sou assim, quem quiser gostar de mim, eu sou assim. Simples, pois não há regras para ser cidadão. Sou mais livre que o ladrão. Mais livre que o cidadão que, sem ser cidadão, fica sendo um não. Fica sendo um peso, uma pedra no meu sapato. Ser cidadão é ser livre.

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